segunda-feira, 17 de junho de 2013

Maratona da Felicidade





Hoje depois de tanto tempo resolvi escrever...Começo ouvindo O Chamado, de Marina Lima
E me parece uma boa trilha para o que a minha alma anseia"Vou seguir o chamado e onde é que vai dar não sei..."
Acho que pela primeira vez não existe um chamado claro. Só uma alma já um pouco abatida, no terceiro round, lutando contra o Stallone...Ok, é um clichê, mas é assim que é. Agora. Neste momento. Aguardando o chamado. Triste? Essa palavra tornou-se tão proibida nos dias atuais, com tantos dentes aparecendo nas atualizações do Facebook... Ser normal é até perigoso. Posso ser mal falada nas redes. Então vamos embarcar nessa necessidade absurda de provar para o mundo o quanto somos felizes, realizados, temos relacionamentos incríveis, empregos sensacionais, fazemos as melhores viagens... Ufa, cansei... que maratona da felicidade. Eu tive algumas oportunidades na vida. Abandonei tudo aqui, carreira, pseudoamor, amigos, casa, cachorro e periquito e embarquei para o Canadá. Tentei não olhar para trás, mas fazia isso todo dia... Foi o que minou minha força de fazer uma vida nova, mais próxima da que acho que sempre desejei pra mim. Digo 'acho' porque sou uma metamorfose alucinante. Já quis festa de debutante, festa de casamento, ser atriz,  ser repórter de TV, ter um carro, ter um apartamento, não... péra, comprar um vestido bem caro e bonito. Gastar 40% do salário em um salão de beleza, fazer tudo o que eu quero porque posso morrer amanhã. Na verdade, ando me sentindo tão tristinha que sinto seu sopro ardil à espreita... É tão ruim assim ser triste um bocado? Ou meus amigos do Facebook podem me julgar e condenar excluindo a minha página? Mas e se a excluída sou eu, literalmente? É tanta gente com frase pronta dizendo que a vida vale a pena, que lutar vale a pena... E eu sempre me pergunto: essa gente sabe mesmo o que diz?