quarta-feira, 18 de junho de 2014

Home Sweet Home

Desistir de você é desistir da parte em mim que vive, pulsa, acredita...
É desistir dos sonhos lindos que surgiram junto com você na minha vida
É abrir mão do frio intermitente na barriga, da alegria que você trouxe quando passou a fazer parte dos meus dias...
Acho que é por isso que não consigo deixar você ir, é como uma morte, a dor da morte, o cheiro da morte
Sua presença na minha vida ilumina a parte escura, me traz a paz que preciso para continuar
Sua alegria, sua energia, seu sorriso, seu cheiro e tudo em seu corpo que me deixa bem
Desistir de lutar por nós é desistir da parte que ainda vive em mim
E me pego lutando, arranhando o piso da sala, rasgando os lençóis, quebrando a louça, jogando roupas pela janela; metáforas de uma dor insana, que tira meu sono, meu apetite, minha sede...

Porque é no aconchego dos seus braços e mergulhada no seu cheiro que me sinto em casa



segunda-feira, 7 de abril de 2014

Deixar Fluir

Quando um amor começa é sempre como se fosse a primeira vez
Foi assim com você. Uma afinidade instantânea. Uma aproximação inevitável, talvez marcada para acontecer.
Aquele friozinho na barriga, os olhos do outro como espelho para seu reflexo.
As intermináveis noites de entrega, prazer absoluto
E pronto, já achamos que será a última primeira vez que recomeça
Os dias ficam tão melhores, nosso humor melhora, o trânsito não incomoda, é mais tempo sonhando com aqueles olhos, sorrindo feito boba sozinha enquanto lembranças calorosas invadem os arranha-céus entre um semáforo e outro.
Um amor quando começa a gente nunca acha que o dia do fim chegará...
Até que de repente as noites de amor se transformam em noites de dor
As flores morrem. Os sonhos morrem. Mais um amor morre.
E não há explicações para tantos erros...
É apenas deixar fluir...
A vida seguir...