segunda-feira, 1 de outubro de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Grand Central Terminal NY

No caldeirão de escolhas, aquela que o coração se acalma
Ouvindo sua música favorita ela decidiu
E pensou que nenhuma escolha é definitiva
Sempre é possível mudar, voltar, alterar a rota
E se reinventar
Nada é definitivo
A única certeza que temos é a da mudança
Tudo em constante alteração
O que se leva são as experiências
E os sentimentos.
Que criamos, que vivemos, que despertamos.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A corda bamba de escolhas





Entre dois caminhos, a difícil escolha. Escolher é sempre renunciar - ou resignar-se.
O contrato da alma com a carne impede grandes manobras...
É preciso coragem para seguir a voz interior.
Jogar-se do alto do prédio sem rede de proteção.
Entre dois caminhos, a balança.
É nesta corda bamba das escolhas, que nos equilibramos.
Pela corda já pisada, as marcas
Olhamos o que ainda falta, e mantemos o equilíbrio.
E se cairmos, bom...
O show tem que continuar...
Levanta, sacode a poeira...
Dá meia-volta e retorna para o pé da escada...
Subir na corda e fazer novas escolhas.
Sem esquecer-se das lições do passado.
Olhando pra frente e não pra baixo - para manter o equilíbrio.
Confiando, acreditando
E sabendo que cada um tem sua própria corda bamba de escolhas e renúncias...

terça-feira, 24 de julho de 2012

Renúncia

Eu renunciei a tentar mais uma vez
Renunciei a uma suposta segurança
A uma suposta certeza.

Renunciei à mim mesma quando entrei naquele avião
Me entreguei à busca quando aterrisei em terras desconhecidas.

Algumas vezes eu olho para as estrelas e tento encontrar um sentido nisso tudo
Ouço algumas canções e tento sentir, apenas sentir
Eu renunciei a isso também

Aqui não posso sentir
Pela primeira vez me vejo engolindo palavras
Sufocando sentimentos
É tudo tão enlouquecedor que estou a caminho da normalidade

Tenho medo quando olho meu rosto no espelho
Ele não é mais o mesmo e parece que a cada dia ganha uma nova marca
É a minha alma gritando, rindo de mim, me sabotando

Perdi as contas das vezes que me questiono o por quê das pessoas serem assim
O por quê de eu estar aqui
Por que ainda insisto.

Mas não quero voltar
Porque ainda não me perdi o suficiente para me encontrar
Sei que estou num processo de luto interno
Me despedindo de mim mesma
Tentando renascer.

Tentando ver o brilho dos meus olhos
Tentando ser feliz.


sábado, 23 de junho de 2012

Se você soubesse

Se você soubesse o quanto de você ainda habita em mim...
Se soubesse o quanto nosso mundo poderia ser mais simples
Se você ao menos se permitisse apenas segurar em minhas mãos
E caminhar comigo...
Se você soubesse, lindo moço, o quanto é bonito o que te aguarda...
Viveria para estar ao meu lado...

domingo, 17 de junho de 2012

Almas desencontradas

Nenhuma palavra foi dita
Nada que lhe tocasse realmente o coração
Mas sempre chorava quando ele insistia em visitar os cantos da sua casa
Balançava tudo, colocava os copos no chão, quebrava os pratos
Amontoava as almofadas do sofá
Revirava os tapetes...
Quebrava os vidros da janela, colocava as cortinas em movimento
Entrava sem pedir licença, invadia seu corpo
Seu pensamento
Virava seu tormento
Fazia o corpo tremer, suspirar, balançado pelas lágrimas
Ela o amava e sabia que seria refém desse sentimento

Até quando?

domingo, 3 de junho de 2012

Labirinto

Não sabia se estava no lugar certo
Perdera-se de si mesma
Não conseguia mais alcançar o seu coração
Ele estava distante, intocável
Sua alma silenciou-se
E um medo incomum a visita todas as noites
Está realmente com medo
Perdeu-se e não sabe se algum dia voltará a se encontrar

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tudo estava misturado dentro dela, feito bola de linha de lã
Arrastada pelo assoalho da velha casa pelo gato cor de amêndoa
Ela fugiu dele, mas não se deu conta que é possível fugir de alguém
Mas não se foge de um sentimento
Essa coisa impalpável, ilimitada e tão persistente.
Seu rosto, seu cheiro, seus cabelos
Seus olhares tão insistentes,
O caminhar tão singular
A lembrança do beijo, do jeito e daquela noite
Aquela, aquela noite. A noite do acaso
Ela sente seu sentimento mofar-se em seu interior
Quer resgatá-lo... ou não.
Talvez fosse melhor esquecer, apagar
Ou não...
E pesa, e dói... E corrói suas paredes internas
Dilacera seu coração, ultrapassa seu corpo
Coloca sua alma em alerta, em contínuo estado de espera
Espera pelo mesmo rosto, o mesmo jeito de segurar seus quadris
Ou à espera de um novo sonho para sonhar.
Ela ainda pertence à ele. Mesmo que isso seja completamente irracional.

domingo, 13 de maio de 2012

Longe de casa

Hoje faz uma semana que estou longe de casa, longe do porto seguro, longe de você
E parece que faz muito mais tempo.
O tempo aqui passa rápido, tenho a sensação de estar um ano fora
Tanta coisa para aprender
Tanta gente para conhecer
E quando estou aqui, no meu cantinho
Algumas memórias voltam de mansinho...
Vão tomando conta e precisam transbordar aqui, em palavras soltas
Formando frases para tentar explicar...
O que não tem e nem nunca terá explicação.

Bicicletas de Toronto, Canadá

quarta-feira, 4 de abril de 2012

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Resignação

Quanto tempo levaria para o seu coração não se contradizer?
Quanto tempo ainda haveria entre ela e aquele coração?
Eram tantas perguntas lançadas ao universo
Naquela tarde ela corria, como sempre fazia, sozinha
Passava entre as árvores, e cruzava tantos rostos
Sabia que cada um deles carregava uma angústia, uma renúncia, uma dor
Um amor não correspondido, perdido no tempo
Ela compreendia, com a resignação que só a maturidade traz
Que era tudo uma questão de acreditar no futuro
E até lá, bem... até lá
Não desistir e não desmoronar
Porque seu corpo tinha vontade de se entregar para aquela tristeza
E ficar deitado, encolhido, até que o amor fosse embora.
Aquele amor que tanto lhe encheu de alegria
Agora ela queria que saísse de dentro de si

Era contraditório demais desejar aquele rosto
E desejar que ele sumisse de sua memória
A memória, essa que sempre surge
Torturando o coração da gente

Ela pedia a Deus que lhe curasse aquela dor
Abrandasse aquele desejo
Tirasse aquelas lembranças da sua mente
E lhe preenchesse o tempo, o espaço que, sem ele, ficava longo demais
Difícil demais de passar
Sentia-se como quando fazemos a escolha errada no cinema...
E esperar até os créditos finais é uma tortura

Colocava-se diante do espelho
E em seus olhos via a tristeza estampada
Tantas possibilidades de felicidade e aquele rapaz deixou escapar
O que será que o destino iria lhes aprontar agora?


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ela quer agora

Quando quer, quer agora
Pensava: pra quê esperar?
Não sabia se teria tempo de viver aquele sentimento amanhã
Ninguém sabe se amanhã estará aqui
Por isso sua alma infantil não compreendia porque as pessoas deixavam as melhores coisas para depois
Sabia que um outro amor te visitaria e a faria imensamente feliz
Só não tinha certeza se o rosto e os cabelos daquele rapaz sairiam da sua memória
Memória que te traía o tempo todo
E a fazia cair em contradição
Se contradizia a todo momento
Dizia para si mesma, e para os outros, que iria tirá-lo de seu coração
Mas a cada noite, a cada novo amanhecer
Ele estava lá
Para te atormentar, te fazer sentir-se tão só e abandonada
Sentia o cheiro dele ainda nos lençóis, no travesseiro
E em cada pedaço daquele apartamento que ele havia estado...
Lá estava sua memória a lhe pertubar

E em tantas contradições, ficava confusa
Algo dentro de si lhe dizia que ele não é a pessoa certa
E outra voz lhe implora para lhe dar mais uma chance
Sim, porque ela sabe que a chance seria para ele dessa vez
A chance de ser tão fielmente amado
Desejado
Desejado até nas entranhas daquela mulher
Um sentimento tão intenso
Vindo de uma mulher também intensa, verdadeira
Apaixonada
Mulher, com todas as palavras

Ela sabe que um dia será tarde
Mas este dia vai chegar
O dia em que ele vai querer tanto este amor
Mas já não haverá espaço no coração daquela mulher
Não para ele.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Correndo para esquecer

Enquanto corria ao lado do mar
Ela deixou o pensamento conduzí-la
E ela já conhecia o lugar para onde foi levada
Era no coração dele, nos seus olhos
Ela queria estar refletida em sua retina
Ver sua imagem nas lentes dos óculos dele.

Apressou os passos e correu mais rápido sob a chuva forte que caía no mar
Queria correr na direção dele, direto para os seus braços
Sentia a saudade apertar o coração ferido
Ela tinha a imagem dele tão viva dentro de si
Tudo o que te tirava o sono
Seus cabelos, suas mãos
Seus braços que te envolviam
Ela pedia aos céus para entender
Apenas entender o porque da distância

Se fosse para não ter mais seus lábios em sua face
Preferia esquecer
Apenas esquecer
Esquecer aquele rosto
E aquele encontro marcado
E que fez com que sua vida nunca mais fosse a mesma.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


"Eu hoje joguei tanta coisa fora,
Cartas e fotografias
Gente que foi embora....
A casa fica bem melhor assim..."

Ela ouviu essas frases soltas em uma canção
Identificou-se com seu dia, sua noite
E tudo o que vasculhou dentro dela
Jogou coisas fora
Abriu mão de outras
Apagou fotografias
E deletou antigos desejos

Sabia que havia chegado no seu limite
Colocou as cartas na mesa
Rompeu as paredes
E os vidros do boxe pareciam lhe sufocar durante o banho
Era um sentimento que estava saindo, arranhando as paredes internas do seu corpo
Cortando partes dela, relutando em sair
Saía em gritos, lágrimas
E escorriam pelo ralo

Ela viu seus olhos tristes
Pelo contraste do espelho
Sabia que não teria mais volta
Não entendia
Leva um tempo para a alma entender

Fechava os olhos e a imagem daquele rosto lhe pertubava
Ela queria, agora, odiar o que sempre amou
Gratuitamente amou
Como lidar com sentimentos tão antagônicos?
Como fazer o caminho de volta, tendo chegado tão longe?
Voltaria?

Rendeu-se ao cansaço
Cobriu o corpo dolorido e cerrou os olhos
Buscou o sono
Acordou já com os primeiros raios de sol invadindo o seu apartamento
Por um instante pensou em se entregar

Mas vestiu-se com aquela roupa,
Aquela, que um dia deixara ele tão fascinado
Nos cabelos, o perfume que ele tanto amava
Nos lábios e nas unhas, carmim
Calçou as sandálias de salto
Pegou sua bolsa
Abriu a porta, aquela que nunca mais se abriria para ele
Respirou fundo
E seguiu para o seu destino

Caminhou pelas ruas do bairro
Desejou não pensar mais naquele rosto
Mas acalmou-se quando se deu conta
De que fez tudo o que poderia fazer
Esgotou suas fichas
Arriscou, saltou do alto do edíficio
Mas ninguém a aguardava lá embaixo
Então vai levar um tempo para cicatrizar as feridas da queda

Mas ela sabe, ah, ela sabe
Que alguém a espera.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Amor jogado no deserto

Ele leu todos os e-mails
Todas as mensagens
Buscando, em cada linha, a explicação para o sumiço dela
Seu coração batia apressado, as respostas eram muitas
As possibilidades inúmeras

Cada pessoa lhe dava um veredicto
Cada alma processava aquela situação de maneira distinta
De acordo com suas viagens pessoais

Mas alma daquele rapaz não entendia
Sabia, dentro dele, que o que aquela moça lhe fazia era incomum
Um amor tão intenso, tão puro, tão dela
E ela não queria. Aquele rapaz.

Mesmo assim seus olhos a procuravam
Ele desejava tocar seu corpo
Acariciar os cabelos perfumados dela
Ter coragem de dizer o que sente

Mas as palavras mais uma vez perderam-se no caminho
Um caminho que ele não quer mais trilhar
Pois agora sabe que seu amor não é aquela moça de olhos amendoados
Seu amor agora pertencia somente a si mesmo
Ele buscaria um porto seguro
Uma alma amiga
Alguém em quem confiaria toda a beleza daquele amor

E aquela moça que ele amava, secaria como rosa no deserto


Águia apaixonada



Estava na vida para sorrir
Aprender a amar
Entendia seu atual estado, mas sabia que não o perpetuaria
Já esteve em quartos escuros
Agora sabe que quer a luz
O calor do sol
O amor de quem entende a força deste sentimento
Não poderá mais perder-se em dúvidas e medos
Ela quis levá-lo para um passeio nessa vida
De mãos dadas
Dentro de si, somente amor
Um amor tão intenso e pertubador que a confunde.
A coloca em estado de apreensão.
Ele lança sinais difusos
Ela capta o que entende
E nem sempre é a verdade
Nem a dela e nem a dele

Mas a única verdade que ela irá seguir é a de seu coração
Como uma águia ela mira o sol
O alto
E sabe que está no caminho certo
Por mais errado que ele lhe pareça
Ela sabe, no fundo ela sabe
Este amor deixará marcas.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Céu Azul

Memórias...
De um dia lindo de sol
Paz, mar
E muito tempo para amar...


"Tão natural quanto a luz do dia
Mas que preguiça boa, me deixa aqui a toa
Hoje ninguém vai estragar meu dia
Só vou gastar energia pra beijar sua boca

Fica comigo então, não me abandona não
Alguém te perguntou como é que foi seu dia?
Uma palavra amiga, uma noticia boa
Isso faz falta no dia a dia
A gente nunca sabe quem são essas pessoas

Eu só queria te lembrar
Que aquele tempo eu não podia fazer mais por nós
Eu estava errado e você não tem que me perdoar

Mas também quero te mostrar
Que existe um lado bom nessa história
Tudo que ainda temos a compartilhar

E viver, e cantar
Não importa qual seja o dia
Vamos viver, vadiar
O que importa é nossa alegria
Vamos viver, e cantar
Não importa qual seja o dia
Vamos viver, vadiar
O que importa é nossa alegria

Tão natural quanto a luz do dia
Mas que preguiça boa, me deixa aqui a toa
Hoje ninguém vai estragar meu dia
Só vou gastar energia pra beijar sua boca

Eu só queria te lembrar
Que aquele tempo eu não podia fazer mais por nós
Eu estava errado e você não tem que me perdoar

Mas também quero te mostrar
Que existe um lado bom nessa história
Tudo que ainda temos a compartilhar

E viver, e cantar
Não importa qual seja o dia
Vamos viver, vadiar
O que importa é nossa alegria
Vamos viver, e cantar
Não importa qual seja o dia
Vamos viver, vadiar
O que importa é nossa alegria

Tão natural quanto a luz do dia..."

(Charlie Brown Jr.)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Coração suspenso


Ele tem o dom de deixar o coração daquela mulher suspenso
Preso a correntes, esmagado, perdendo a força
Ele sabe como conduzí-la. No fim, ela sempre dança seu ritmo
Num jogo de cartas marcadas

O que ele não sabe é que aquele coração suspenso
Está assim porque quer
E não porque ele o acorrenta
Ela sabe, ela se reconhece
Ela compreende o tamanho e a dimensão desse sentimento pertubador

Ela está presa aos aromas
Aos formatos
Dos seus olhos, do seu sorriso
Do caimento dos seus cabelos...

Ela não consegue mais fugir de si mesma
Roda em círculos
Arranha a vidraça molhada
Grita por seu nome

Viciada naquele jogo infinito de sedução
Do leopardo faminto
Percorrendo o cerrado em busca de alimento
E da presa que se deixa consumir
No fogo dessa paixão pertubadora.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Nossa dança


Aquele bolero gostoso eu danço é com você
Aquele samba mágico, somos nós também
Você traz a letra, eu coloco a melodia
A gente cria o nosso ritmo
Inventa os nossos passos
Recria a dança e a música
Ilumina o céu com as nossas cores
Aqueles sorrisos sob o luar platinado
A brisa revirando nossos cabelos, e minhas mãos nos seus, fazendo chamegos
E aqueles olhos, tão nossos. Somente nossos.
E nossas almas saem para brincar
Dançar a nossa música
E nos trazem o que sempre almejamos

É desta entrega que elas fazem ciranda de mãos dadas...
Queriam estar assim, livres
Livres para serem essa nuvem de sentimentos tão densa e enigmática
São seus, são nossos
Os sonhos
O brilho
E tudo mais que temos direito

A vida é assim, cruza os caminhos
Coloca as esquinas
Pinta o céu com as tintas da loucura
Põe som na voz do feirante
E enche nossas fruteiras
Faz o inacabado recriar-se
Essa é a vida...

Ela só quer da gente coragem
Para se soltar por seus trilhos
Para marcar passos em seus mais de um milhão de caminhos
É tanto mar para ver
Tanto sol para nascer junto
Tanta cor e tanto amor
Que eu nem acredito que você chegou.

Você chegou.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sobre a penteadeira

"Ela agora quer guardá-lo na sua alma
Seu perfume, seu jeito, seu olhar
Tudo o que pertence somente a ela e, nesse conjunto, aos dois.
Não adianta mais tornar sua vida uma novela acompanhada capítulo a capítulo
Tudo o que é seu o será.
Ela sabe que para alguns sentimentos não existe fórmulas
Nem respostas prontas
Por mais que queira, não adianta teimar
Sobre esse amor, somente o tempo poderá falar

Aquele presente deixado na penteadeira
Emoldurado pelo espelho
À espera do seu dono
Ali ficará

Pois o tempo, o senhor de tudo
Vai fazê-lo vir buscar
Aquele presente
Dele será
Por toda a eternidade, basta acreditar

Crer num amor puro
Sem malícia, sem querer nada em troca
Apenas que se deixe amar

Aquele presente continua sobre a penteadeira
No canto direito
Enquanto ela escova os cabelos, olha e pensa:
Quando será que ele virá buscar o que é seu"

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


Tudo começa com um olhar
E você passa a gostar do papo, da maneira como a pessoa mexe no cabelo
E então vem o toque, o beijo... os aromas

Ela viveu dias intensos
De uma viagem para dentro de si mesma
Ela nunca mais seria a mesma após passar por cantos antes desconhecidos
Descobriu sua real capacidade
Percebeu-se dona de si e dos seus sonhos

Foram inúmeros nascer e pôr do sol
Seus pés tocavam a areia
E os olhos enxergavam no horizonte um pedaço de si

O que sentiu nunca mais ninguém irá roubar-lhe
Pois agora ela sabe, lá no fundo ela sabe...
Que nunca mais será a mesma

E o que ela é capaz de fazer alguém sentir, é só seu e de mais ninguém
Quem tiver coragem para se jogar na vida
Será bem-vindo

Quem quiser viver a doçura de uma paixão sem limites
Poderá desbravar um mundo infinito de possibilidades
Possibilidades reais de felicidade.

Basta segurar suas mãos
E saltar!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012


Quanto tempo dura um beijo?
E a sensação que ele deixa?
Um beijo entre duas pessoas que se adoram, que se inebriam por seus perfumes...
Uma noite de acasos sem acaso.

Na lista de memórias os olhares
Os toques, o formato dos lábios e seu gosto
O cheiro, a voz
Um amor tão profundo que mete medo

Ela não quer perder no espaço esse momento
Quer cuidar, proteger, quer alimentar
O amor
O sabor
Colocar tempero

E as mãos que seguram os cabelos e os braços que apertam o corpo dele contra o dela
E naquele momento, só a entrega.
Na lista de memórias, seus beijos...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Eles podem

Dançaram, se emocionaram, se permitiram.
Foram dois, foram um.
Uniram-se ao ritmo da paixão insolente
Essa que não pede licença, vai entrando e tomando conta dos cantos da casa, da alma, do corpo

Eles disseram sim.
Para a vida, para um brinde ao novo.

Partiram para uma viagem ao mundo.
Porque sabem que este sentimento pode abrir as portas de castelos
Subir as escadas, atingir o ponto mais alto da construção

Eles podem.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Um cheiro de criança

Da janela um pé de manga balançava seus galhos e frutos ao sacudir do vento
Ela se lembrou de quando brincava no balanço feito de corda e pedaço de madeira
O aroma e o sumo da fruta invadiu o espaço em que estava
Ouviu as risadas da infância
Reviu os olhares dos coleguinhas da rua
Lembrou-se da brisa fresca balançando seus cabelos juvenis
A infância naquela cidadezinha do interior de São Paulo deixou lembranças tão doces quanto aquelas mangas